domingo, 28 de outubro de 2007

Questões problematizadoras

Muito se tem falado do impacto e a influência das tecnologias sobre o homem. Essa posição, aparentemente continua sustentando uma distinção muito antiga entre sociedade de um lado e as técnicas do outro. Como se fosse possível conceber o homem em sua história separarado de seus aparatos técnicos ou de suas tecnologias.


Apesar disso o homem parece arraigado em si mesmo em descompasso com essas mudanças. Nesse caso a operação estética seria uma das vias pela qual a subjetividade humana se abriria ao que nela há de profundamente maquínico, não humano?

Tendo em vista as teorias científicas contemporaneas o mundo deve ser concebido em sua complexidde, não - lineariedade, o espaço é mais que o bi ou o tri-dimencional, é o cyberespaço, o espaço planetário, o espaço de ambientes digitais. Neste contexto, expoentes da literatura - Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Arnaldo Antunes -, e da música popular brasileira - Adriana Calcanhoto, Lenine, Tom Zé, Chico Science, Zeca Balero e Tom Zé - em sintonia com os avanços tecnológicos, "rompem" com a arte do passado, reavaliando alguns conceitos, o que nos leva a interrogar sobre o papel do artista enquanto gênio criador, e até mesmo a função de espaços consagrados como as galerias, os museus de arte e a função da mídia enquanto instância que homologava um tipo de arte tida como qualificada.

A união entre arte e tecnologia - a tecno-arte - é uma tentativa de humanização da tecnologia por meio da arte ou de tecnologização da arte tendo como base os avanços científicos?

Os atuais avanços tecnológicos propiciam uma virtualização do indivíduo, ou seja, uma potencialização onde os limites do humano não humano se confundem, sendo assim, é possível dizer que a produção poética e musical na década de 90 é uma transcodificação permanente do real, um processo de semiotização não verbal plenamente presente na produção global?

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2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei das questões propostas, meio pepinosas. Mas opino que a tecnologia, no seu uso artístico, é, agora, uma ferramenta importante para a produção artística. Seja ela musical, visual. O ser humano permanece, talvez como quando nas "cavernas", mas criativo tanto como antes. Veja, "do batuque" aos sintetizadores o que muda é a ferramenta, não a criação.

padovani disse...

Olá Wellington,

muito interessante seus artigos no blog. Estamos todos tateando os novos espaços na educação e nas artes.
Sou uma estudante da UAB na área de educação musical.
Visite meu recem criado blog:
http://educcomarte.blogspot.com/